sexta-feira, 4 de abril de 2014

M1TO confirma aposentadoria em dezembro

A partida diante do Sport, dia 7 de dezembro, na Ilha do Retiro, válida pelo Campeonato Brasileiro, deve ser a última de Rogério Ceni como jogador profissional. O goleiro confirmou nesta quinta-feira à tarde, em entrevista no CT da Barra Funda, que vai pendurar as luvas no final da temporada 2014.
– No fim do ano vou parar mesmo. Não vou postergar. É meu último ano como atleta de futebol – afirmou o camisa 01, que completou 41 anos em 22 de janeiro e tem contrato válido até dezembro.
Rogério Ceni passou todo o ano de 2013 indeciso sobre o que fazer. Em algumas entrevistas, dava a entender que encerraria a carreira após o Campeonato Brasileiro. Já em outras, mostrava-se empolgado em continuar atuando, principalmente após a grande exibição que teve na vitória por 4 a 3 sobre o Universidad Católica, em Santiago, pela Copa Sul-Americana.
A chegada do técnico Muricy Ramalho, aliás, foi determinante para o M1TO renovar por mais um ano, até o fim de 2014. Desde que foi contratado, o treinador dizia ser favorável à permanência do ídolo por considerar que o clube não conseguiria encontrar outro goleiro de nível tão elevado. Além disso, o Tricolor Paulista se recuperou e se livrou do rebaixamento á segunda divisão do futebol brasileiro.
Desta vez, Rogério Ceni garante que não há chances de mudar de ideia no decorrer da temporada. Apesar de estar perto da despedida e já com 41 anos de idade, o goleiro artilheiro diz se sentir muito bem tecnicamente e fisicamente.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Aidar x Kalil: candidatos à presidência do São Paulo FC. Veja as propostas

Depois de oito anos, o São Paulo terá um novo presidente a partir do dia 16 de abril. Os 235 conselheiros escolherão quem assumirá o cargo ocupado desde 2006 por Juvenal Juvêncio. Dois velhos conhecidos do atual presidente disputam o poder. Carlos Miguel Aidar, candidato da situação, ou Kalil Rocha Abdalla, da oposição, vai dirigir os destinos do Tricolor Paulista até 2017.
Ex-presidente do São Paulo, de 1984 a 1988, o mais jovem da história (tinha 37 anos), Aidar, hoje com 67 anos, foi um dos fundadores e dirigiu o Clube dos 13. Além disso, sustentou na Justiça o terceiro mandato de Juvenal Juvêncio, concedido após uma manobra no Conselho. Recentemente, articulou o fim da crise entre o clube e a CBF.
Já Kalil Rocha Abdalla é também advogado. Ele atuou como diretor jurídico nas gestões de Aidar e Juvenal e agora conta com o apoio de Marco Aurélio Cunha, outro que se afastou do atual presidente e grande nome para o departamento de futebol do time em caso de vitória.
Abaixo você verá algumas ideias dos respectivos candidatos para administrar o São Paulo pelos próximos três anos:

|MORUMBI

Carlos Miguel Aidar: "A reforma do Morumbi é colocar uma coroa no rei. E ainda haverá dois prédios de estacionamento. É um ganho de qualidade inestimável. E vamos colocar em cima do estacionamento as quadras prejudicadas durante a construção. Haverá um período de sacrifício, mas não tem jeito. Faremos uma arena multiuso. Um local para 28 mil pessoas, climatizado em 24 graus, 22 no palco. O Morumbi continuará sendo o melhor estádio da cidade, mesmo depois de prontos os estádios do Palmeiras e do Corinthians. Não tenho a menor dúvida".

Kalil Rocha Abdalla: "O estádio está bonito, só falta a cobertura. O Juvenal acabou de trocar as cadeiras, o piso do térreo está muito bom, cheio de lojas, tudo em ordem. Só precisa da cobertura. O estádio perdeu a Copa porque o seu Juvenal Juvêncio achou que era amigo do Lula, mas o Lula era mais amigo do Andrés (Sanchez, ex-presidente do Corinthians) e resolveu ajudar e fazer o estádio do Corinthians". 

|FUTEBOL

Carlos Miguel Aidar: "Minha ideia é que o futebol do São Paulo tenha três áreas distintas: profissional, base e relações internacionais. Preciso de um vice-presidente que coordene tudo isso e tenha três diretores. Tenho alguns nomes na minha cabeça, mas ainda é cedo. Não deixo que os conselheiros percebam, mas ao mesmo tempo em que bato papo com eles, avalio se os perfis casam com minha ideia”.

Kalil Rocha Abdalla: "Quem vai coordenar será o vice e o diretor de futebol. Você precisa entender que a administração do clube não será feita pelo presidente, e sim por cada diretor. Não pretendo ter ingerência no futebol. Não vou opinar. Quero saber, mas quem decidirá tudo será a comissão técnica, o diretor, a equipe que compõe o departamento de futebol. Eles vão se reportar a mim, mas vão resolver o problema". 

|INVESTIMENTOS

Carlos Miguel Aidar: “É impossível fazer alguma coisa sem correr riscos. Vou pegar meia dúzia de milionários e sugerir: ajudem o São Paulo a trazer o titular da seleção do mundo. Tem de arriscar! E me sinto em mais condições do que o Juvenal de fazer isso porque tenho história nisso. Eu e o São Paulo temos credibilidade. Se um monte de investidores quiser se juntar, estarei de braços abertos para receber. Não há a menor dúvida".

Kalil Rocha Abdalla: "Só poderei contratar se tiver dinheiro. Consta que há um passivo no banco em torno de R$ 70 milhões. Isso mesmo com o dinheiro da venda do Lucas. Se for isso, a dívida do São Paulo seria trágica".

|CT DE COTIA

Carlos Miguel Aidar: “Hoje, temos o Centro de Formação de Atletas Laudo Natel. Quero transformá-lo em Universidade Laudo Natel. Será uma escola de futebol, onde o garoto presta o vestibular, que é o tal do teste, e será desenvolvido moral, física, técnica e culturalmente até se tornar um cidadão preparado para ser bacharel do futebol, ou seja, jogador profissional. O São Paulo vai ter preferência na escolha dos melhores alunos, os mais bem graduados. Como é no sistema de formação norte-americana, onde as grandes figuras saem do esporte universitário".

Kalil Rocha Abdalla: "Uma maravilha, um espetáculo, mas mal administrado. Não sai nada de lá, não vejo aproveitamento. Hoje, há dois garotos que estão bem, mas daqui a alguns anos podem não estar jogando nada. Isso tem sido constante. Precisa ser dirigido por um diretor que faça funcionar e é essencial ter um técnico de renome. Vou observar algum nome de peso na praça que esteja disponível a partir de abril".

|JUVENAL JUVÊNCIO

Carlos Miguel Aidar: "O Juvenal vai fechar sua gestão com chave de ouro. Se o ciclo não foi tão vitorioso no futebol, na área social deixará os campos reformados, o parque aquático novo e o projeto da reforma do Morumbi pronto e aprovado no Conselho".

Kalil Rocha Abdalla: "Sou contra o centralismo. Ele não tem diálogo, é o rei, ele que manda".