quinta-feira, 6 de julho de 2017

São Paulo anuncia Dorival Júnior como novo técnico; acordo vai até fim de 2018

O São Paulo chegou a um acerto definitivo no fim da tarde desta quarta-feira e anunciou Dorival Júnior. O técnico será o substituto de Rogério Ceni, demitido na segunda-feira. Ele foi anunciado pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em uma rede social. O treinador, que até pouco tempo estava no Santos, terá a missão de evitar o primeiro rebaixamento da história do clube. Passadas 11 rodadas, o Tricolor Paulista é o primeiro da zona de rebaixamento, com 11 pontos.
Por conta de problemas familiares, Dorival só será apresentado na segunda-feira. Com isso, o time será dirigido pelo auxiliar Pintado, no clássico diante do Santos, neste domingo, às 19h, na Vila Belmiro.
O contrato de Dorival Júnior terá validade até o fim de 2018. Dorival traz três pessoas para a comissão técnica do São Paulo: seu filho Lucas Silvestre, que trabalha como auxiliar-técnico, Celso Resende, preparador físico, e o analista de desempenho Leonardo Porto.
Dorival Júnior será o 13º treinador que trabalhará no São Paulo após a conquista do tri brasileiro. De todos que passaram, o único que conseguiu conquistar algum título foi Ney Franco, na Copa Sul-Americana de 2012. O que mais ficou no cargo foi Muricy Ramalho, que trabalhou por um ano e sete meses entre setembro de 2013 e abril de 2015.
Dorival deixou o comando técnico do Santos no dia  4 de junho, após a derrota para o Corinthians. Ele estava no clube desde julho de 2015 – quando iniciou a campanha que evitou a queda do time da Vila Belmiro à Série B. Naquele ano, ele assumiu o time em 17º. Terminou em sétimo.
No ano anterior, o treinador viveu situação parecida em outro rival, o Palmeiras. Iniciou seu trabalho em setembro, com o time em 16º, e se salvou do rebaixamento na última rodada – mantendo a 16ª colocação.
No ano passado, quando estava no Santos, Dorival conquistou o título do Campeonato Paulista e acabou o Campeonato Brasileiro na segunda colocação.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Doze técnicos, oito anos e apenas um título: São Paulo não consegue achar o caminho

Técnicos consagrados, nomes sem impacto, aposta do presidente, com perfil de valorizar a base, linha dura e estilo “paizão”. Desde 2008, quando o São Paulo conquistou o tricampeonato brasileiro com Muricy Ramalho, a diretoria já tentou todos os perfis possíveis para recolocar o time no caminho das conquistas. E, com exceção da Sul-Americana conquistada com Ney Franco em 2012, o que se viu foram enormes decepções. A última ocasionou a demissão de Rogério Ceni, dispensado após a derrota para o Flamengo, no último domingo.
Nem mesmo Muricy Ramalho, idolatrado até hoje pelos são-paulinos, obteve êxito no retorno. Dos 12 treinadores efetivos que trabalharam de 2009 até agora (foram 13 mudanças com as duas passagens de Ricardo Gomes), Muricy foi o que ficou mais tempo no cargo: um ano e sete meses. Depois de livrar o clube do rebaixamento em 2014, ele acabou deixando o time porque os resultados em campo não eram bons no início de 2015 e também por problemas de saúde.
A mudança dos técnicos no São Paulo começou em junho de 2009, quando Muricy foi demitido após a eliminação na Taça Libertadores. De maneira surpreendente, chegou Ricardo Gomes, uma aposta do então presidente Juvenal Juvêncio. A campanha foi boa. O Tricolor Paulista disputou até as últimas rodadas o título brasileiro e, em 2010, foi semifinalista do principal torneio sul-americano, sendo eliminado pelo Internacional.
Ricardo Gomes acabou dispensado mesmo assim, e Juvenal resolveu inovar com a efetivação do técnico do sub-20, Sérgio Baresi. A alegação era de que ele teria facilidade para trabalhar com a base e que era preciso sair da mesmice. O trabalho foi um fiasco, e Baresi acabou dispensado após 14 jogos, com aproveitamento de apenas 45%. Para seu lugar, chegou Paulo César Carpegiani, que voltava ao clube pela segunda vez.
Os números do treinador foram regulares (66% de aproveitamento). Só que os resultados não se converteram em títulos. No início do Campeonato Brasileiro de 2011, o São Paulo teve uma sequência de cinco vitórias nas cinco primeiras rodadas. No entanto, o time caiu de rendimento e, após três derrotas seguidas, foi demitido.
Um treinador dispensado depois de apenas 22 partidas deixa claro que foi um erro apostar na sua contratação. Adilson Batista foi outro que decepcionou e ficou apenas três meses no cargo.
Quando ele saiu, a diretoria então resolveu trazer um técnico linha dura, para dar um choque de comando nos atletas: chegou Emerson Leão. Diferentemente da primeira passagem, quando conquistou o título paulista de 2005, o trabalho não rendeu títulos. O desempenho até foi bom (63% de aproveitamento), mas ele se desentendeu com a diretoria depois que ela barrou o zagueiro Paulo Miranda sem o aval do treinador. Mais um adeus.
Novo técnico, novo perfil. Ney Franco, que fazia um ótimo trabalho na seleção brasileira sub-20, foi o escolhido como substituto. Embora tivesse feito o Tricolor Paulista acabar com o jejum de títulos com a conquista da Copa Sul-Americana de 2012, a passagem dele ficou marcada pelo fato de ter se desentendido com o então capitão e goleiro Rogério Ceni. Na ocasião, o camisa 1 foi repreendido publicamente pelo diretor de futebol Adalberto Baptista, demitido Juvenal Juvêncio.
Quando Ney Franco saiu, o presidente e seus comandados apostaram em um velho conhecido: Paulo Autuori, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa de 2005. Mas a passagem foi um fiasco. Com um elenco muito ruim, o técnico venceu apenas três de 17 partidas disputadas e entrou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Com dois meses, ele foi demitido, e a diretoria chamou Muricy Ramalho para ser o salvador da pátria.
Muricy fez um ótimo trabalho, mantendo o São Paulo na Série A. No ano seguinte, com várias estrelas no time (Kaká, Alan Kardec, Pato, Luis Fabiano e Rogério Ceni), o time foi vice-campeão brasileiro e garantiu presença na Libertadores de 2015. Mas o time se perdeu em campo. O treinador, que também não estava com a saúde 100%, acabou saindo em comum acordo após uma derrota para o Botafogo, em Ribeirão Preto, pelo Campeonato Paulista.
A diretoria, na época comandada por Carlos Miguel Aidar, resolveu inovar e partiu atrás de um técnico estrangeiro. Após muita procura, fechou com o colombiano Juan Carlos Osorio. Foram apenas quatro meses de trabalho. Ele bateu de frente com a diretoria por causa das várias vendas ocorridas durante a janela de transferências. Quando surgiu uma proposta para assumir o comando da seleção do México, o treinador decidiu sair. Para a vaga, Aidar trouxe o técnico que ficou o menor tempo de todos no período: Doriva. Com sete partidas, quatro derrotas e a eliminação na Copa do Brasil para o Santos, ele durou apenas um mês.
Aidar renunciou ao cargo de presidente, Leco assumiu interinamente, e a diretoria voltou a apostar em um estrangeiro, com perfil bem diferente ao de Osorio. O escolhido foi Edgardo Bauza, bicampeão da Libertadores com LDU e San Lorenzo. O trabalho na competição sul-americana foi ótimo (chegou à semifinal), mas novamente a venda de vários atletas no período de negociações atrapalhou seu trabalho. Como havia ocorrido com o colombiano, ele trocou o São Paulo por uma seleção, a argentina.
Leco, então, trouxe Ricardo Gomes. Desde o início, o trabalho não empolgou. Tanto que foi demitido pela diretoria após apenas três meses e meio. Pintado dirigiu o time até o final do ano, enquanto a diretoria partiu para uma atitude totalmente radical: apostou no ídolo Rogério Ceni, que iniciava sua carreira de treinador no clube do coração somente um ano depois de se aposentar.
O trabalho não foi bom. Rogério Ceni acumulou muitos resultados negativos. Vieram as eliminações no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. No Campeonato Brasileiro, o time entrou na zona de rebaixamento com a derrota para o Flamengo. Para piorar, o treinador perdeu várias jogadores que foram negociados. Com medo da queda para Série B e tentando dar uma chacoalhada no elenco, a diretoria optou pela demissão do treinador. Resta agora saber quem será o novo escolhido.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

São Paulo demite Rogério Ceni

Através de um comunicado, o São Paulo divulgou, na tarde desta segunda-feira, a demissão de Rogério Ceni. Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, o ex-goleiro não conseguiu brilhar na nova função de treinador e acabou sendo demitido após seis meses de trabalho, com o time na zona do rebaixamento e há seis rodadas sem vencer no Campeonato Brasileiro.
– O respeito e o reconhecimento pela grandeza de Rogerio Ceni, como figura histórica desta instituição, serão eternamente celebrados – disse o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
No comunicado, o clube não fala em "comum acordo". O texto apenas informa sobre Rogério Ceni "deixar o comando técnico de sua equipe principal". A nota ressalta que, "em sua passagem como treinador, Rogério Ceni demonstrou a dedicação e o empenho que o caracterizaram como atleta. Desejamos boa sorte a este que sempre será um dos maiores ídolos de nossa história".
A demissão de Rogério Ceni acontece três dias após a saída de seu auxiliar, o inglês Michael Beale, que alegou problemas de adaptação ao Brasil para justificiar seu pedido de demissão. É sabido, porém, que tanto Michael Beale como Rogério Ceni estavam profundamente decepcionados com as mudanças no elenco, com constantes saídas e chegadas de jogadores.
Ao contrário dos antecessores, há multa rescisória no contrato de Ceni, que valia até dezembro de 2018. Em entrevista recente ao site GloboEsporte.com, o presidente do clube confirmou que ela depende do desempenho do time. A meta estipulada, sugerida pelo técnico, é a média dos aproveitamentos de Juan Carlos Osorio (51%), Edgardo Bauza (46,5%) e Ricardo Gomes (42,5%). Rogério Ceni sai com 49,5% de aproveitamento, sendo 37 jogos, 14 vitórias, 13 empates e 10 derrotas.
Sua última derrota no comando técnico do Tricolor Paulista aconteceu ontem (2 a 0 para o Flamengo, no Rio de Janeiro). Na entrevista após o encerramento da partida, Rogério Ceni falou que era "hora de unir forças".
A última vez que o São Paulo começou e terminou um ano com um mesmo técnico foi em 2008, com Muricy Ramalho, quando conquistou seu sexto título brasileiro, o terceiro consecutivo como técnico do time.
A diretoria são-paulina ainda não fala em substituto. O ex-jogador Pintado, atualmente auxiliar (com cargo fixo no clube, independentemente da comissão técnica), deve assumir como interino.
Os principais treinadores disponíveis no mercado são Dorival Júnior (ex-Santos), Marcelo Oliveira (ex-Palmeiras, Atlético-MG e Cruzeiro) e Dunga (ex-Seleção). Depois de duas experiências conturbadas com técnicos estrangeiros (se referindo ao colombiano Juan Carlos Osorio e ao argentino Edgardo Bauza), é pouco provável que o clube vá atrás de outro técnico que não seja brasileiro.
Maior ídolo da história do clube, Rogério Ceni se aposentou no final de 2015, depois de ter conquistado os maiores títulos da história do São Paulo: três brasileiros, três estaduais, dois mundiais de clubes, duas Libertadores... A lista é grande. No total, foram 1237 jogos com a camisa do São Paulo, sendo 938 como capitão, e 131 gols. Ele é o maior goleiro artilheiro da história do futebol.
Após passar o ano de 2016 estudando – período em que visitou grandes clubes europeus – Rogério foi anunciado como treinador do São Paulo em dezembro. Sua estreia foi vitoriosa, com a conquista do Torneio da Flórida. Os bons resultados em 2017 terminaram ali.
Com Rogério como técnico, o São Paulo nunca estabeleceu um modelo padrão de jogo. Oscilou na maneira de jogar e nos resultados. No Campeonato Paulista, foi eliminado pelo Corinthians nas semifinais. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Cruzeiro. Na Copa Sul-Americana, para o modestíssimo Defensa y Justicia da Argentina.
São Paulo entra na zona de perigo

Neste domingo, no estado do Rio de Janeiro, o São Paulo foi superado pelo Flamengo por 2 a 0, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Assim, o Tricolor Paulista, que não vence há seis rodadas (quatro derrotas e dois empates), entra na zona do rebaixamento e acende, definitivamente, o alerta.
Agora, o São Paulo aparece na 17ª colocação da competição, com 11 pontos. Na próxima rodada, o Tricolor Paulista vai jogar o clássico diante do Santos, domingo, às 19h,  na Vila Belmiro. A partida será válida pela 12ª rodada.
FICHA TÉCNICA
FLAMENGO 2 X 0 SÃO PAULO

Local: Ilha do Urubu, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 2 de julho de 2017, domingo
Horário: 16 horas (Hora de Brasília)

Gols: Guerrero, aos 37 minutos do 1º Tempo, e Diego, aos 41 minutos do 2º Tempo para o Flamengo.
Cartões amarelos: Éverton (Flamengo); Cueva (São Paulo).

FLAMENGO: Thiago; Pará, Réver, Rhodolfo e Miguel Trauco (Renê); Márcio Araújo, Gustavo Cuéllar, Diego, Éverton Ribeiro (Berrío) e Everton (Matheus Savio); Paolo Guerrero
Técnico: Zé Ricardo

VERSUS 

SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Araruna, Diego Lugano, Rodrigo Caio e Júnio Tavares; Jucilei, Wesley (Denilson) e Petros; Marcinho (Wellington Nem), Lucas Pratto e Christian Cueva (Shaylon)
Técnico: Rogério Ceni
Alemanha: campeã da Copa das Confederações 2017!

A Alemanha conquistou a Copa das Confederações depois de uma vitória por 1 a 0 sobre o Chile, neste domingo, na Arena Zenit, em São Petersburgo, após falha grave de Díaz.
A conquista dos alemães encerra o jejum de seleções europeias na Copa das Confederações. A última campeã do Continente Europeu foi a França, que ganhou o título da competição em 2003, jogando em casa - desde então, o Brasil levou três troféus.
O técnico Jöachim Löw foi certeiro na decisão de mandar à Rússia uma equipe composta basicamente por jovens jogadores, de olho na preparação para a Copa do Mundo do próximo ano e até mesmo para a do Catar, em 2022. Em nenhuma das cinco partidas que a Alemanha disputou foi plenamente inferior aos adversários: pelo contrário, venceu quatro jogos e empatou apenas um, justamente diante do Chile, durante a fase de grupos. O futebol alemão provou que, além de contar com uma geração talentosa para o futuro, tem um padrão de jogo que o faz mais do que candidato ao bicampeonato mundial no ano que vem.
Quem também teve destaque na competição foi o meia Draxler, que foi o capitão da jovem seleção, e que atualmente defende o PSG, levou o prêmio de melhor jogador da Copa das Confederações. Seu companheiro de seleção Timo Werner ficou com a Chuteira de Ouro, com três gols marcados - mesma quantidade de Stindl e Goretzka. Claudio Bravo foi eleito o melhor goleiro da competição.
Desde que foi eliminado pelo Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2014, o Chile teve um grande crescimento e conquistou dois títulos da Copa América, fazendo sua geração ser chamada de "dourada". A derrota para a Alemanha neste domingo representa sua primeira grande queda, depois de dois anos de glória com os triunfos nas finais diante da Argentina. Agora, o desafio do Chile é conquistar uma vaga para retornar à Rússia no ano que vem, para a disputa da Copa do Mundo, através das eliminatórias.
A final deste domingo na Arena Zenit pode ter sido a última da história da Copa das Confederações. A FIFA cogita encerrar o torneio no próximo ciclo, antes da Copa do Mundo do Catar, por alguns fatores como conflitos no calendário (o Mundial de 2022 não ocorrerá no meio do ano) e a pouca atratividade da competição - a ponto de a seleção campeã ter enviado um time alternativo para disputa-la.