quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Cícero afastado

O meia Cícero dificilmente voltará a vestir a camisa do São Paulo. O jogador foi chamado pela diretoria para uma reunião no CT da Barra Funda após o treino da última terça-feira e foi comunicado de que não faz mais parte dos planos da comissão técnica.
A decisão foi tomada pelos dirigentes e pelo técnico Dorival Júnior que, após a derrota para o Bahia, no domingo, tinha dito que algumas coisas iriam mudar dentro do elenco.
Como já fez dez jogos neste Campeonato Brasileiro, Cícero não poderá se transferir para outro clube da Série A. São duas as alternativas: defender um time da Série B ou tentar uma transferência para o futebol internacional, já que a janela de transferências se encerra no final deste mês. O meio-campista tinha contrato com o clube do Morumbi até dezembro de 2018.
Foi a segunda passagem de Cícero pelo Tricolor Paulista. Curiosamente, em 2012, na primeira, ele também saiu antes do término do contrato, após perder espaço com o então técnico Ney Franco , ocasionando em sua saída para o Santos.
O jogador havia voltado no começo deste ano a pedido de Rogério Ceni, que logo o transformou em titular. Em 2017, ele disputou 32 partidas e marcou quatro gols com a camisa do São Paulo.
Um acontecimento envolvendo o jogador ganhou bastante polêmica no clube nesta temporada. Ele foi atingido por uma prancheta chutada pelo técnico Rogério Ceni no intervalo do clássico diante do Corinthians, válido pela semifinal do Campeonato Paulista. Naquela ocasião, o São Paulo terminava o primeiro tempo da partida perdendo para o rival.
Ainda com Ceni, o meio-campista perdeu a titularidade após a derrota para o Atlético-PR, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, em Curitiba. Depois, com Dorival Júnior, não foi titular em nenhuma partida.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Problemas frequentes fazem o São Paulo piorar com Dorival

Faz um mês que Rogério Ceni foi embora e Dorival Júnior chegou, mas o São Paulo piorou neste Campeonato Brasileiro. Um dos motivos que explicam a permanência do time na zona do rebaixamento mesmo com a mudança da comissão técnica é o fraco rendimento de seu sistema defensivo, que piorou com Dorival.
O número de gols sofridos aumentou ao mesmo tempo em que as falhas permanecem e a marcação não conseguiu se encaixar.
Com Rogério Ceni o São Paulo nas primeiras 11 rodadas do campeonato, o time sofreu 11 gols, média de um por jogo. Em quatro rodadas, saiu de campo sem ser vazado. Já com Dorival são sete partidas, com 12 gols sofridos (média de 1,71 por partida). O goleiro Renan Ribeiro só ficou uma partida sem tomar gols, que foi a diante do Vasco.
O que chama a atenção é que o atual técnico usa uma metodologia diferente daquela usada por Rogério Ceni. Enquanto Ceni mexia constantemente na escalação, Dorival apostou na sequência e alterou o mínimo possível. Evitou fazer improvisações. Na zaga, efetivou o recém-chegado Arboleda ao lado de Rodrigo Caio. Ambos têm desempenhos apenas regulares.
Nesse setor, chama a atenção, por exemplo, o fato de Aderllan, que foi apresentado no dia 21 de julho, ainda não ter sido relacionado. Já Lugano, de contrato renovado, hoje é apenas a quarta opção do setor, atrás também de Militão, que entrou e teve atuação discreta no jogo diante do Bahia.
Nas laterais, o drama do novo treinador é maior. Ceni não gostava de Bruno e Buffarini, tanto que improvisava o volante Araruna na posição. Quando Dorival chegou, a estreia foi contra o Atlético-GO, no Morumbi, e Buffarini ganhou a oportunidade. Foi muito mal. Tanto que, no jogo seguinte, veio a mudança, com Bruno sendo o substituto.
Ele teve sequência, atuou em cinco partidas, mas esteve longe de agradar. Hoje, é um dos jogadores mais criticados pela torcida durante os jogos e nas redes sociais. Não atuou contra o Bahia por conta de uma lesão. Araruna entrou (Buffarini não foi relacionado pelo excesso de estrangeiros) e também não teve um bom desempenho.
Pelo lado esquerdo, Junior Tavares era titular absoluto com Rogério Ceni, mas perdeu espaço com Dorival. Foi titular em duas partidas. Após falhar muito na partida diante da Chapecoense, quando teve participação direta nos dois gols do adversário, perdeu a vaga para Edimar, contratado em março e que ainda não havia estreado. No segundo tempo contra o Bahia, insatisfeito, Dorival tirou Edimar e deu uma nova a chance a Junior Tavares.
No meio de campo, houve também mudança no jeito de escalar o time. Com Ceni, o time atuava com três volantes – na maior parte dos jogos, teve Jucilei, Cícero e Thiago Mendes. Nesse caso, Jucilei ficava mais atrás e os outros dois à frente. Dorival primeiro tentou dois volantes atuando lado a lado (Jucilei e Petros). Não deu certo. Faltava pegada. Contra o Bahia, o técnico usou um esquema tático parecido com o que era da preferência de Ceni. Jucilei ficou atrás, com Petros e Hernanes à frente.
Para explicar a fragilidade do sistema defensivo do São Paulo é preciso também falar da falta de combate que ocorre na frente. Cueva e Pratto têm dificuldade para auxiliar a marcação. Não há mais aquela pressão na saída de bola que era tão característica com Rogério Ceni no começo da temporada. Isso acaba sobrecarregando Jucilei e Petros. Nos últimos jogos, Dorival tem tirado um volante no segundo tempo, o que deixa o time ainda mais exposto.
Como não há ajuste na marcação, o time dificilmente consegue ter tranquilidade em campo. Em quatro dos sete jogos com Dorival, o São Paulo saiu atrás no placar antes de fazer um gol. Contra o Botafogo, apesar de ter saído na frente, tomou a virada em apenas sete minutos. Diante do Atlético-GO, esteve duas vezes à frente, mas tomou gols nos minutos seguintes. Já contra o Bahia, viu o adversário abrir dois gols de vantagem em apenas três minutos.
A aposta da comissão técnica e da torcida é que a situação possa melhorar a partir de agora, já que haverá tempo para treinar. Nas primeiras seis rodadas do segundo turno, o São Paulo atuará apenas aos finais de semana. Com cinco dias de treinos antes de cada jogo, Dorival poderá fazer ajustes e treinar novas estratégias.

#ReageSãoPaulo

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Ameaça aumenta!

O São Paulo encerrou o primeiro turno do Campenato Brasileiro na zona de rebaixamento. Na tarde deste domingo, em partida válida pela 19ª rodada da competição, o Tricolor Paulista foi até a Arena Fonte Nova, em Salvador, e saiu com a derrota por 2 a 1 para o Bahia. O jogo era considerado um confronto direto na fuga do rebaixamento.
Com o resultado, o clube dirigido pelo técnico Dorival Júnior permanece com 19 pontos, na 17ª colocação. Na próxima rodada, o São Paulo joga no próximo domingo, às 11h, diante do Cruzeiro, no Morumbi.
FICHA TÉCNICA
BAHIA 2 X 1 SÃO PAULO

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 06 de agosto de 2017, domingo
Horário: 16h00 (Hora de Brasília)
Público: 24.082 torcedores
Cartão Amarelo: Régis, Eduardo, Tiago e Jean (Bahia); Marcinho e Cueva (São Paulo).
Gols: Régis, aos 39, e Mendoza, aos 43 minutos, do 1º tempo para o Bahia. Hernanes, aos 48 minutos do 1º tempo para o SPFC.

BAHIA: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero (Juninho Capixaba); Renê Júnior, Edson, Zé Rafael (Allione) e Régis (Juninho); Mendoza e Rodrigão
Técnico: Preto Casagrande (interino)

VERSUS

SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Araruna, Militão, Arboleda e Edimar (Júnior Tavares); Jucilei (Marcos Guilherme), Petros e Hernanes; Marcinho (Brenner), Lucas Pratto e Christian Cueva
Técnico: Dorival Júnior