segunda-feira, 23 de abril de 2018

Conselho de Administração do São Paulo discute separar futebol do clube social

O Conselho de Administração do São Paulo discute nesta segunda-feira, um projeto que recomenda a separação do futebol da estrutura social do clube. A reunião está prevista para ocorrer esta noite e, vai detalhar sua tramitação até que o plano seja colocado em prática.
O projeto em discussão planeja a criação de uma empresa para administrar o time profissional, o estádio do Morumbi, centros de treinamento, categorias de base, patrocínios, licenciamento e tudo o que estiver relacionado a futebol. Essa empresa seria 100% controlada pelo São Paulo Futebol Clube.
Sempre que o futebol der lucro, uma parte dos valores será devolvido ao clube social. Quando houver prejuízo, a empresa vai absorvê-lo. A inspiração, ainda que com mudanças e adaptações ao Brasil, é o Bayern de Munique, que criou uma empresa para cuidar do futebol, mas com controle acionário do clube.
Essa empresa, ainda sem nome, deve ter um conselho de administração formado por nove pessoas – cinco delas indicadas pelo clube e outras quatro vindas do mercado, mas também aprovadas pelo clube.
Quem ocupar cargo diretivo no clube social não poderá ocupar cargos na empresa que cuidará do futebol.
A tramitação

O projeto, elaborado a partir de um estudo da consultoria Deloitte, já teve um parecer favorável do presidente do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva. Hoje é o Conselho de Administração, formado por nove pessoas, que vai analisar o projeto. Depois disso, o texto ainda vai passar pelo Conselho Consultivo.
Presidente, Conselho de Administração e Conselho Consultivo – opinam sobre o projeto. Os três pareceres serão então enviados ao Conselho Deliberativo, órgão soberano do clube, que tem a prerrogativa de arquivar o projeto ou de colocá-lo em votação numa Assembleia Geral de Sócios.
Antes dessa votação, o presidente do clube precisa promover entre duas e quatro sessões explicativas, para que os sócios tenham mais conhecimento do projeto antes de decidir se o implementam ou se o rejeitam.

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