quinta-feira, 26 de abril de 2018

São Paulo cria nova comissão para analisar separação entre futebol e clube social

Numa reunião realizada na noite de segunda-feira, o Conselho de Administração do São Paulo decidiu criar mais uma comissão para analisar o projeto que prevê a separação entre futebol e clube social.
O chefe dessa nova comissão será o oposicionista José Eduardo Mesquita Pimenta – que foi o candidato derrotado por Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, na última eleição para presidente do clube.
O parecer de Leco foi favorável. Mas o Conselho de Administração entende que o projeto precisa de aprimoramentos antes de seguir para os Conselhos Consultivo e Deliberativo.
– Vou criar uma comissão com o menor número possível de pessoas, para que o processo não demore muito – disse Eduardo Mesquita Pimenta.
O projeto que recomenda ao São Paulo separar o futebol do clube social ainda precisa passar por uma longa tramitação até sair do papel.
Entenda melhor o processo que pode transformar o futebol do São Paulo em empresa:

Em curso, o processo de separação do futebol do São Paulo das demais atividades do clube pode durar até março de 2019. É que, além da recomendação da dupla nomeada para estudá-lo, ele terá de ser aprovado por três conselhos diferentes e pela maioria de associados numa assembleia.
O primeiro passo, dado na semana passada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, foi a nomeação do conselheiro José Francisco Manssur e do sócio Rodrigo Rocha Monteiro de Castro para elaborar um estudo sobre essa separação. Os dois, que são voluntários e não têm qualquer remuneração pelo serviço, têm até maio de 2018 para entregar o material.
Uma das grandes questões do processo é determinar com quem ficariam ativos como, por exemplo, o estádio do Morumbi e os centros de treinamento de Cotia e da Barra Funda, uma vez que eles estão diretamente ligados ao futebol.
O novo estatuto, que também será adaptado caso a separação seja aprovada, exige que qualquer sociedade empresária constituída para gerir o futebol tenha o próprio São Paulo sempre como sócio majoritário, com maioria de votos e poder de eleger a maioria dos administradores.
Avaliar a possibilidade de separar o futebol das outras áreas do São Paulo é uma determinação do novo documento que rege o clube, aprovado no fim do ano passado.
Se todos os prazos forem esticados aos seus limites, o início prático da separação do futebol do São Paulo do restante do clube se daria em março de 2019.
Nas próximas semanas, o Conselho de Administração, órgão que auxilia na gestão do clube, terá de nomear um Comitê Especial, composto por três pessoas que não façam parte da diretoria, para acompanhar os estudos de Manssur e Castro e elaborar relatórios mensais sobre eles.
Os autores dos estudos têm experiência na área. Agora, eles colocarão em prática todo o material teórico na prática ao avaliar se a separação será benéfica ou não ao São Paulo.

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