sexta-feira, 9 de março de 2018

São Paulo demite Dorival Júnior

Dorival Júnior não é mais o técnico do São Paulo. A pressão que existia há algumas semanas se tornou insustentável após a derrota por 2 a 0 no clássico diante do Palmeiras, nesta quinta-feira, na arena do rival, válido pelo Campeonato Paulista.

Veja a notícia divulgada no site oficial do clube:
Dorival foi demitido após uma reunião da diretoria nesta sexta-feira. André Jardine, treinador do time sub-20, assume interinamente a função e fará o treino desta tarde, no CT da Barra Funda. Ele vai dirigir o Tricolor Paulista neste domingo, no Morumbi, na partida contra o RB Brasil. Além de Dorival, também saem os auxiliares Lucas Silvestre e Leonardo Porto. O restante da comissão permanece.
Dorival aceitou a decisão com tranquilidade. O técnico entende ter dado o seu melhor na passagem que começou em julho de 2017. Ele conseguiu evitar o rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro do ano passado, mas nunca contou com aprovação de toda a torcida.

– Eu fico satisfeito com tudo o que recebi do São Paulo. Um agradecimento especial a todos. E a maneira como nós tentamos fazer o nosso melhor para que o São Paulo pudesse encontrar um caminho. É um fator normal, corriqueiro. Agradecimento diferenciado ao Raí, que assume aí um novo cargo, uma nova situação, um novo pensamento. É uma pessoa correta, como foi também o presidente e toda a diretoria, como foi o Vinicius no ano passado. Só tenho a agradecer a oportunidade que eu tive. Tentei fazer o meu melhor pelo São Paulo. Acho que esse é o caminho. A reciprocidade existe e são fatos que temos de passar na vida. Foi uma conversa normal. Nós deixamos uma bela base e não tenho dúvida. O tempo vai dizer – disse Dorival, na saída do CT.
A campanha no campeonato estadual (com cinco derrotas em 11 jogos) e a oscilação do time durante os jogos foram alguns dos motivos para a queda de Dorival. Na avaliação da direção, o time vinha rendendo muito menos do que poderia.
O treinador, por sua vez, também já mostrava certa insatisfação, principalmente por não ter seus pedidos atendidos durante o período de contratações. Em uma de suas entrevistas, Dorival disse com todas as letras que não havia pedido as chegadas de Nenê e Tréllez e que trabalhava com outros nomes.
No fim de fevereiro, o executivo de futebol Raí disse que o técnico tinha autonomia para escalar o time, além de "extrair o melhor de todos e alcançar um melhor desempenho coletivo". Era uma espécie de aviso de que, se não houvesse reação, o futuro estaria ameaçado.
A derrota e a atuação do São Paulo no clássico contra o Palmeiras foram determinantes para a mudança de comando. O Tricolor Paulista teve um péssimo desempenho no primeiro tempo e acabou facilmente dominado pelo rival. Foi a terceira derrota em três clássicos disputados na temporada.
Dorival assumiu o São Paulo para substituir Rogério Ceni, em julho de 2017, e comandou a campanha que livrou o time do rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
No total, foram 40 jogos pelo São Paulo, com 17 vitórias, 11 empates e 12 derrotas. O aproveitamento foi de 51,6%.
PÉSSIMO!

São Paulo teve na noite desta quinta-feira, uma das piores atuações da temporada. No clássico diante do Palmeiras, o Tricolor Paulista praticamente não viu a cor da bola e saiu do estádio do rival com a derrota por 2 a 0, e com muita coisa a ser resolvida.
Com essa derrota, o São Paulo permanece com 14 pontos, se mantém líder do Grupo B, mas com a mesma pontuação do segundo colocado, o São Caetano.
Esse foi o sexto clássico disputado na casa do Palmeiras. O São Paulo ainda não conseguiu vencer lá. São seis derrotas.
Agora, o São Paulo volta a campo neste domingo, às 17h (Horário de Brasília), pela última rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista. O Tricolor Paulista recebe o RB Brasil, no Morumbi.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 2 X 0 SÃO PAULO

Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 8 de março de 2018, quinta-feira
Horário: 20h30 (Hora de Brasília)
Público: 34.916 torcedores

Cartões amarelos: Victor Luis, Marcos Rocha, Felipe Melo, Bruno Henrique e Thiago Martins (Palmeiras); Marcos Guilherme, Hudson, Petros e Shaylon (São Paulo).

Gols: Antônio Carlos, aos nove, e Miguel Borja, aos 31 minutos do primeiro tempo para o Palmeiras.

PALMEIRAS: Jailson; Marcos Rocha, Thiago Martins, Antônio Carlos e Victor Luis; Felipe Melo (Thiago Santos); Willian (Gustavo Scarpa), Bruno Henrique (Moisés), Lucas Lima e Dudu; Borja
Técnico: Roger Machado

VERSUS

SÃO PAULO: Jean; Éder Militão, Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar; Hudson (Shaylon) e Petros; Marcos Guilherme (Nenê), Cueva e Valdívia; Brenner (Tréllez)
Técnico: Dorival Júnior

terça-feira, 6 de março de 2018

Lembra dele? Cicinho anuncia aposentadoria e recebe homenagem do São Paulo

Cicinho anunciou nesta terça-feira, em entrevista no Morumbi, sua aposentadoria dos gramados. Após rescindir com o Brasiliense, na semana passada, clube que defendia atualmente, o lateral-direito pediu ao São Paulo para usar a estrutura do clube no pronunciamento sobre seu futuro. O clube até divulgou um vídeo misterioso para viralizar na internet. Em semana de clássico com o Palmeiras, momentos marcantes contra o rival também foi assunto na entrevista do agora ex-jogador.
– Esse pronunciamento é pelo meu futuro. E nada melhor, nesse momento tão importante, do que ser feito no lugar que me deu direção para o futebol. Estou aqui para falar do meu encerramento no futebol, devido a problemas no joelho. Voltei a jogar no Brasiliense não por dinheiro, mas por um sonho de voltar a jogar em alto nível. Estou aqui para anunciar minha aposentadoria. Agradeço por essa oportunidade. Eu me sinto realizado. Estou feliz, tranquilo por essa decisão, tomada em comum acordo. Esse problema de cartilagem, edema ósseo vem me acompanhando há um ano. Para continuar jogando, precisaria de uma cirurgia mais agressiva, que me tiraria dos gramados por mais seis meses – disse Cicinho, agora ex-jogador, aos 37 anos.
Em sua entrevista de despedida dos campos, o jogador lembrou o destaque alcançado em clássicos diante do Palmeiras - adversário desta quinta-feira, pelo Campeonato Paulista.
- Não tem como esconder que o momento mais marcante da minha carreira foi naquela vitória contra o Palmeiras (na partida de ida das oitavas de final da Libertadores de 2005). Eu cheguei no vestiário e ouvi do Rogério Ceni, do Lugano, que seria impossível a gente não ser campeão depois de um gol de esquerda, na casa do rival, e do Cicinho. Não tinha como não ser campeão - lembrou Cicinho.
- Tive o privilégio de fazer gols contra o Palmeiras. Fiz gol de esquerda. No segundo jogo, fiz um gol no fim do jogo, que foi o de número 10 mil da história da Libertadores, fiz em outro clássico também. Sempre houve essa rivalidade com o Palmeiras, e eu pude contribuir da melhor maneira possível. Somente lembranças boas.
Pelo São Paulo, onde ganhou maior projeção nacional, Cicinho conquistou três títulos. Foi campeão paulista, da Libertadores e do mundial em 2005.
O ex-lateral recebeu uma homenagem do clube, uma camisa com o número 2 enquadrada com uma placa. Foi exibido também um vídeo com mensagens de ex-companheiros de Cicinho. Estavam presentes no evento, no Morumbi, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e Lugano (diretor de relações institucionais). O zagueiro foi companheiro de Cicinho nas conquistas pelo São Paulo.
- O São Paulo homenageia Cicinho pela defesa dos nosso ideais, pela vitoriosa carreira e pelos gols inesquecíveis que nos ajudaram a conquistar a América e o mundo - dizia a placa.
Na sequência, o presidente Leco e Lugano falaram sobre Cicinho:
- Estou aqui de novo tendo a oportunidade de fazer uma homenagem a um jogador vitorioso, assim como foi com o Lugano, no fim do ano passado. O São Paulo é que se sente homenageado pelo que vocês fizeram - disse o presidente.
- Primeiro quero agradecer em nome dos companheiros da nossa geração. E depois em nome do clube que respeita um ídolo como você. Não só por ter sido campeão de tudo, mas por sempre citar o São Paulo e os companheiros. Você é fiel à nossa história - falou Lugano.
Convocado para a Copa do Mundo de 2006, Cicinho fez 17 jogos pela seleção brasileira e fez um gol no amistoso contra os Emirados Árabes, em novembro de 2005, em goleada por 8 a 0.
Veja abaixo um resumo da carreira de Cicinho:

Cicinho (Cícero João de Cézare)

Idade: 37 anos

Posição: lateral-direito

Clubes: Botafogo-SP, Atlético-MG, Botafogo, São Paulo, Real Madrid, Roma, Villarreal, Sport, Sivasspor-TUR e Brasiliense

Títulos: Copa das Confederações (Seleção Brasileira) de 2005; Copa Libertadores da América (2005), Mundial de Clubes da Fifa (2005), Campeonato Paulista (2005), Campeonato Espanhol (2006-2007), Copa da Itália (2007-2008) e Supercopa da Itália (2007-2008).

segunda-feira, 5 de março de 2018

São Paulo passa perrengue, mas sai de campo com a vitória de virada, nos acréscimos, sobre o Linense

São Paulo correu riscos na noite deste domingo, mas deixou o estádio com uma importante vitória de virada, por 2 a 1, sobre o Linense, voltando a vencer após uma sequência negativa de três jogos no Campeonato Paulista. A partida foi válida pela décima rodada da competição estadual.
Com essa vitória, o São Paulo chega a 14 pontos e ocupa a liderança do Grupo B. Antes do jogo, o Tricolor Paulista corria o risco de ficar fora da zona de classificação se tivesse empatado ou perdido, com o complemento da rodada.
Na próxima rodada, o São Paulo terá o clássico diante do Palmeiras, na casa do rival, nesta quinta-feira, às 20h30.
FICHA TÉCNICA
LINENSE 1 X 2 SÃO PAULO

Local: Estádio Gilbertão, em Lins (SP)
Data: 4 de março de 2018, domingo
Horário: 19h30 (Hora de Brasília)

Cartão Amarelo: Reginaldo, Matheus Lopes e Fernandinho (Linense); Rodrigo Caio (São Paulo).

Gol: Murilo Henrique, aos 37 minutos do primeiro tempo para o Linense. Reinaldo, aos 41 minutos do primeiro tempo, e Rodrigo Caio, aos 47 minutos do segundo tempo para o SPFC.

LINENSE: Pegorari; Reginaldo, Adalberto, Matheus Lopes e Fernandinho; Marcão Silva, Bileu, Murilo Henrique (Eduardo), Danielzinho (Giovanni) e Thiago Humberto (Kauê); Wilson
Técnico: Márcio Fernandes

VERSUS

SÃO PAULO: Jean; Éder Militão, Arboleda, Rodrigo Caio e Reinaldo (Edimar); Hudson e Petros; Marcos Guilherme (Marcos Guilherme), Cueva (Nenê) e Valdívia; Brenner
Técnico: Dorival Júnior