O São Paulo queria aproveitar a janela de transferências deste começo de ano para aliviar a folha salarial e gerar receita com vendas de jogadores para diminuir a dívida de R$ 180 milhões registrada ao fim de 2019. O clube, no entanto, só conseguiu cumprir a primeira meta.
Por isso, existe uma preocupação com a complicada situação financeira do clube e um possível atraso nos pagamentos. As contas do ano passado, inclusive, serão discutidas no final de março. Com isso, a dificuldade financeira do São Paulo pode aumentar a pressão política no clube.
As maiores expectativas giravam
em torno das vendas de Walce e Antony. Os dois eram os mais cobiçados, mas
nenhuma das negociações foram concluídas.
O zagueiro recebeu um oferta no valor de seis milhões de euros (cerca de R$ 27 milhões de reais) com mais um valor
em bônus do Bragantino. Inicialmente o São Paulo recusou, mas havia boas
chances de a negociação ser concretizada.
A disputa do torneio
Pré-Olímpico com a Seleção Brasileira Sub-20 era vista como uma oportunidade de Walce se valorizar, mas
aconteceu o pior. O jogador rompeu os ligamentos do joelho em um treino e teve que passar por cirurgia. O tempo de recuperação é de seis a oito meses.
Por conta da lesão, o
Bragantino desistiu da negociação do jogador e frustrou os planos do Sã Paulo.
Havia a esperança de faturar com o jovem zagueiro de 21 anos.
Antony, então, era a solução do alívio nas contas. Borussia Dortmund e RB Leipzieg,
ambos da Alemanha, fizeram ofertas no valor de R$ 67 milhões, mas o São Paulo preferiu recusar.
Nos últimos dias, o Ajax, da Holanda, apareceu com uma
forte investida de 25 milhões de euros (cerca de R$ 117 milhões de reais), e uma porcentagem de revenda de David Neres. O acordo
seria para Antony sair apenas no meio do ano.
A proposta era vista como boa pelo São Paulo, e as negociações se arrastaram até horas antes do
fechamento do mercado. Apesar disso, não houve um acordo e a
transferência não foi fechada. Isso não significa, no
entanto, que a conversa não possa seguir em fevereiro para que uma venda
aconteça no meio do ano.
Se em vendas o São Paulo
não conseguiu êxito, pelo menos o clube conseguiu diminuir a folha salarial com as negociações de jogadores que não estavam sendo aproveitados ou que não faziam parte dos planos da equipe. Casos de Hudson, Everton Felipe, Raniel, Araruna e Lucas Paes.
Ainda há algumas situações
indefinidas e que podem auxiliar nessa contenção de gastos do São Paulo para
2020. São os casos de Jucilei, Jonatan Gómez, Tréllez e Paulinho Boia. Esses jogadores estão descartados pelo técnico Fernando Diniz.