20
anos do bi Continental do São Paulo
por leomiranda.f
Há 20 anos, em 26
de maio de 1993, o São Paulo ganhava sua segunda Libertadores e confirmava a
Era Telê como o período mais vitorioso do clube.
Prioridade, a
competição marcou a entrada de novos nomes como Vítor e Válber, sem deixar a
espinha dorsal: Cafu, Palhinha, Raí e Muller, solução para um time que se
dividiu em 6 competições e 97 jogos no ano
Palhinha virou
meia e Muller passou a jogar na esquerda. Raí podia voltar pela direita,
tabelar no centro ou se apresentar na referência: um 4-2-3-1 que virava 4-2-4
no ataque, sempre muito compacto, rápido e com capricho nos passes e
cruzamentos.
Sem a bola,
Palhinha voltava na esquerda e Muller ficava mais à frente, aguardando o forte
contra-ataque da equipe. Ou em outra variação, Cafu voltava e Raí acompanhava o
lateral pela direita. Muller explica, em entrevista ao Esporte Interativo:
“O time não tinha
centroavante enfiado. Ele armava com Cafu pela direita, eu pela esquerda e
Palhinha e Raí chegando de trás. Ele mesmo dizia que atacante no meio dos
zagueiros como o Serginho Chulapa não poderia mais jogar no futebol moderno. O
segredo era a chegada dos meias.”
A decepcionante
derrota na estreia foi superada com uma goleada de 4×0 no Newell’s, o mesmo
adversário de 92. O próximo rival seria o Flamengo campeão brasileiro, do
técnico Jair Pereira.
Sem dúvidas, o
mais movimentado jogo do ano. Pereira manteve o 4-3-3 com muita bola aérea para
Gaúcho, mas Palhinha abriu o placar com golaço de cobertura. Nélio, em passe
magistral de Júnior, empatou.
No Morumbi, 2×0
para o São Paulo e muitas chances perdidas na Semifinal, apesar do 1×0 no
Morumbi e 0×0 no Paraguai que despachou o Cerro Porteño de Paulo César
Carpegiani. Os relatos da época retratam como o São Paulo atacava com fúria,
mas perdia demais na cara do gol.
Na final, nada de
desperdício: 5×1 no Universidad Catolica, a maior goleada em finais na
competição. A derrota por 2×0 no Chile não impediu mais uma passagem
São-Paulina para Tóquio.
Difícil apontar um
nome que tenha se destacado mais que os outros: Raí, Zetti, Palhinha e Muller
foram espetaculares, assim como Telê Santana, que sabia treinar um time para
jogar bonito. O São Paulo de 1993 foi um deles.
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