Aidar x Kalil: candidatos à presidência do São Paulo FC. Veja as
propostas
Depois de oito anos, o São
Paulo terá um novo presidente a partir do dia 16 de abril. Os 235 conselheiros
escolherão quem assumirá o cargo ocupado desde 2006 por Juvenal Juvêncio. Dois
velhos conhecidos do atual presidente disputam o poder. Carlos Miguel Aidar,
candidato da situação, ou Kalil Rocha Abdalla, da oposição, vai dirigir os
destinos do Tricolor Paulista até 2017.
Ex-presidente do São Paulo,
de 1984 a 1988, o mais jovem da história (tinha 37 anos), Aidar, hoje com 67
anos, foi um dos fundadores e dirigiu o Clube dos 13. Além disso, sustentou na
Justiça o terceiro mandato de Juvenal Juvêncio, concedido após uma manobra no
Conselho. Recentemente, articulou o fim da crise entre o clube e a CBF.
Já Kalil Rocha Abdalla é também
advogado. Ele atuou como diretor jurídico nas gestões de Aidar e Juvenal e
agora conta com o apoio de Marco Aurélio Cunha, outro que se afastou do atual presidente
e grande nome para o departamento de futebol do time em caso de vitória.
Abaixo você verá algumas
ideias dos respectivos candidatos para administrar o São Paulo pelos próximos
três anos:
|MORUMBI
Carlos
Miguel Aidar: "A reforma do Morumbi é colocar uma
coroa no rei. E ainda haverá dois prédios de estacionamento. É um ganho de
qualidade inestimável. E vamos colocar em cima do estacionamento as quadras
prejudicadas durante a construção. Haverá um período de sacrifício, mas não tem
jeito. Faremos uma arena multiuso. Um local para 28 mil pessoas, climatizado em
24 graus, 22 no palco. O Morumbi continuará sendo o melhor estádio da cidade,
mesmo depois de prontos os estádios do Palmeiras e do Corinthians. Não tenho a
menor dúvida".
Kalil
Rocha Abdalla: "O estádio está bonito, só falta a
cobertura. O Juvenal acabou de trocar as cadeiras, o piso do térreo está muito
bom, cheio de lojas, tudo em ordem. Só precisa da cobertura. O estádio perdeu a
Copa porque o seu Juvenal Juvêncio achou que era amigo do Lula, mas o Lula era
mais amigo do Andrés (Sanchez, ex-presidente do Corinthians) e resolveu ajudar
e fazer o estádio do Corinthians".
|FUTEBOL
Carlos
Miguel Aidar: "Minha ideia é que o futebol do São
Paulo tenha três áreas distintas: profissional, base e relações internacionais.
Preciso de um vice-presidente que coordene tudo isso e tenha três diretores.
Tenho alguns nomes na minha cabeça, mas ainda é cedo. Não deixo que os
conselheiros percebam, mas ao mesmo tempo em que bato papo com eles, avalio se
os perfis casam com minha ideia”.
Kalil
Rocha Abdalla: "Quem vai coordenar será o vice e o
diretor de futebol. Você precisa entender que a administração do clube não será
feita pelo presidente, e sim por cada diretor. Não pretendo ter ingerência no
futebol. Não vou opinar. Quero saber, mas quem decidirá tudo será a comissão
técnica, o diretor, a equipe que compõe o departamento de futebol. Eles vão se
reportar a mim, mas vão resolver o problema".
|INVESTIMENTOS
Carlos
Miguel Aidar: “É impossível fazer alguma coisa sem correr
riscos. Vou pegar meia dúzia de milionários e sugerir: ajudem o São Paulo a
trazer o titular da seleção do mundo. Tem de arriscar! E me sinto em mais
condições do que o Juvenal de fazer isso porque tenho história nisso. Eu e o
São Paulo temos credibilidade. Se um monte de investidores quiser se juntar,
estarei de braços abertos para receber. Não há a menor dúvida".
Kalil
Rocha Abdalla: "Só poderei contratar se tiver
dinheiro. Consta que há um passivo no banco em torno de R$ 70 milhões. Isso
mesmo com o dinheiro da venda do Lucas. Se for isso, a dívida do São Paulo
seria trágica".
|CT
DE COTIA
Carlos
Miguel Aidar: “Hoje, temos o Centro de Formação de Atletas
Laudo Natel. Quero transformá-lo em Universidade Laudo Natel. Será uma escola
de futebol, onde o garoto presta o vestibular, que é o tal do teste, e será
desenvolvido moral, física, técnica e culturalmente até se tornar um cidadão
preparado para ser bacharel do futebol, ou seja, jogador profissional. O São
Paulo vai ter preferência na escolha dos melhores alunos, os mais bem
graduados. Como é no sistema de formação norte-americana, onde as grandes
figuras saem do esporte universitário".
Kalil
Rocha Abdalla: "Uma maravilha, um espetáculo, mas mal
administrado. Não sai nada de lá, não vejo aproveitamento. Hoje, há dois
garotos que estão bem, mas daqui a alguns anos podem não estar jogando nada.
Isso tem sido constante. Precisa ser dirigido por um diretor que faça funcionar
e é essencial ter um técnico de renome. Vou observar algum nome de peso na
praça que esteja disponível a partir de abril".
|JUVENAL
JUVÊNCIO
Carlos
Miguel Aidar: "O Juvenal vai fechar sua gestão com
chave de ouro. Se o ciclo não foi tão vitorioso no futebol, na área social
deixará os campos reformados, o parque aquático novo e o projeto da reforma do
Morumbi pronto e aprovado no Conselho".
Kalil
Rocha Abdalla: "Sou contra o centralismo. Ele não tem
diálogo, é o rei, ele que manda".
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