O São
Paulo se acertou com Diego Aguirre, e o uruguaio é o novo técnico do time. A
negociação estava avançada e foi definida no último final de semana.
Sem clube, Aguirre era a
opção mais viável financeiramente para o São Paulo. Ele assinará contrato até
dezembro. O vínculo não terá multa rescisória. A apresentação oficial do novo
técnico são-paulino aconteceu nesta terça-feira. Diego Aguirre vai substituir
Dorival Júnior, que foi demitido na última sexta-feira, após oito meses no
clube. O uruguaio tem ótima relação com a diretoria do clube.
Aguirre esteve no Morumbi
domingo passado, assistindo a partida do São Paulo diante do RB Brasil pela
última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista, que acabou com a vitória
são-paulina por 3 a 1, de virada.
O executivo de futebol
Raí, o coordenador Ricardo Rocha e o superintendente de relações institucionais
Lugano foram os grandes entusiastas da contratação de Diego Aguirre. Os dois
primeiros jogaram com Aguirre no São Paulo no início dos anos 90, e o terceiro
foi treinado por ele no Plaza Colonia, clube do Uruguai, em 2002. Eles
convenceram outros dirigentes do Tricolor Paulista com a possibilidade de que o
projeto pode dar certo.
– Aguirre é um técnico
atualizado, com grandes trabalhos e referências importantes para o que queremos
no futebol do São Paulo. Confiamos que ele tem o perfil e a metodologia de
trabalho que se encaixam com o clube – disse Raí ao site oficial do São Paulo.
Mais um estrangeiro de passagem?
No Uruguai, Aguirre é
cotado para assumir a seleção daquele país depois da Copa do Mundo na Rússia,
após o possível fim da permanência de Óscar Tabárez, que está dirigindo aquela
seleção desde 2006.
Ciente disso, o São Paulo
fez uma combinação com Aguirre: caso ele seja chamado para treinar a seleção do
Uruguai, não deverá deixar o clube no meio do ano, mas só em dezembro.
Os últimos estrangeiros
que comandaram o São Paulo, o colombiano Juan Carlos Osorio e o argentino
Edgardo Bauza, deixaram o clube antes do fim dos contratos para assumir as seleções
do México e da Argentina, respectivamente.
Aguirre deverá vir
acompanhado de três profissionais: dois auxiliares e um preparador físico.
Aguirre é um técnico
adepto da filosofia de rodar o elenco e dar minutos de jogo para todos os
jogadores. Ele considera inviável manter a intensidade de jogo necessária com o
elevado número de partidas por ano e o desgaste causado pelos deslocamentos no
futebol brasileiro.
No São Paulo, Aguirre terá
André Jardine como auxiliar fixo na comissão técnica. Ele foi informado do
projeto do clube para o profissional.
Currículo em campo e no banco
Nascido em Montevidéu,
Diego Vicente Aguirre Camblor, de 52 anos, iniciou a carreira de técnico em
2002. O último clube que dirigiu foi o San Lorenzo, da Argentina, de onde saiu
em setembro após ser eliminado nas quartas de final da Libertadores, pelo
Lanús.
No Brasil, o uruguaio
treinou o Internacional, em 2015 e o
Atlético-MG, em 2016.
Aguirre também foi jogador
profissional de 1985 a 1999. No início dos anos 90, foi atacante do próprio São
Paulo.
Foi no Peñarol que Aguirre
teve mais destaque na carreira, tanto como jogador quanto como técnico. Foi
dele o gol do último dos cinco títulos do time uruguaio na Libertadores de
1987, contra o América de Cali. Já no banco, em 2011, levou a equipe à final da
competição continental, perdida para o Santos de Neymar.e aceitou tê-lo ao seu
lado.
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