O São Paulo está prestes a apresentar Gonzalo Carneiro,
centroavante contratado para tentar melhorar o desempenho ofensivo do time no
restante do ano. A cena se repete no CT da Barra Funda, mas até aqui, com pouquíssimos resultados. O atleta uruguaio é o nono jogador da posição contratado desde que
Leco foi eleito presidente, em outubro de 2015.
Nenhum dos outros
oito atacantes que foram contratados pelo clube atingiram 50 jogos com a camisa
são-paulina. Aos 22 anos, Gonzalo Carneiro tem contrato válido até o dia 31 de março de 2021.
Pelo tempo de contrato, ele terá tempo para conseguir atingir a quantidade de
jogos citada acima ou mais. Somados, os oito atacantes marcaram 61 gols e não conquistaram
nenhum título.
Só em direitos
econômicos, sem contar comissões, luvas e pagamentos por empréstimos, o clube
gastou R$ 44 milhões.
Veja
abaixo quem são os oito centroavantes da gestão Leco no Tricolor Paulista:
Calleri
31 jogos
16 gols
Sem dúvida, foi o que mais
fez sucesso. Chegou em janeiro de 2016 por empréstimo de seis meses, período
que não pôde ser estendido, apesar da forte relação entre o clube e o jogador, em razão
dos planos dos investidores que possuem seus direitos econômicos e queriam
vê-lo jogar na Europa. O jogador argentino foi o principal responsável por levar o São Paulo
à semifinal da Copa Libertadores daquele ano.
Kieza
2 jogos
nenhum gol
Um fracasso. Chegou em
janeiro de 2016, perdeu um gol impressionante na Libertadores, ficou irritado por ficar abaixo de Calleri e Alan Kardec na preferência do técnico Edgardo Bauza, pediu
para não ser relacionado, e em março deixou o clube rumo ao Vitória. O São Paulo
gastou R$ 4 milhões para contratá-lo, mas recuperou o investimento ao
negociá-lo com o clube baiano.
Ytalo
13 jogos
1 gol
Contratado depois da
disputa do Campeonato Paulista de 2016, quando foi vice-campeão defendendo o Audax e
fez dois gols nas quartas de final contra o São Paulo, o jogador, de
características mais versáteis do que os outros centroavantes, teve uma séria
lesão: rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito. Quando se recuperou
da cirurgia, voltou para o Audax.
Chávez
35 jogos
12 gols
Chegou por empréstimo no
meio de 2016, para suprir as saídas de Calleri e Kardec. Sob o comando técnico de
Ricardo Gomes, ele foi importantíssimo na missão de ajudar o time a se distanciar
da zona de rebaixamento, mas no início do ano seguinte perdeu espaço com a
chegada de Lucas Pratto. Deixou o clube em junho de 2017, de maneira quase
imperceptível.
Gilberto
33 jogos
13 gols
Contratado próximo a
Chávez, ele ficou na sombra do atleta argentino até o fim do ano, quando, com
Pintado de interino, foi bem nos últimos jogos. Em 2017, convenceu Rogério Ceni
no início da temporada, mas jogou pouco depois que Pratto chegou. Seu contrato
terminou em dezembro e não foi renovado.
Lucas
Pratto
48 jogos
14 gols
Custou R$ 24 milhões, foi
apresentado em campo, ganhou faixa de capitão e chegou a ser tratado pela
diretoria como exemplo para o restante do elenco. O plano de idolatria
fracassou. No fim de 2017, antes de completar um ano no São Paulo, ele pediu para
ser negociado com o River Plate, e a diretoria, com o aval do então técnico
Dorival Júnior, festejou o lucro financeiro com a negociação – o clube argentino pagou R$ 32,9 milhões ao Tricolor Paulista.
Diego
Souza
16 jogos
3 gols
Era o "9 móvel"
que Dorival, quando estava no comando técnico do time, queria para substituir Lucas Pratto, mas suas atuações como centroavante
foram horríveis. Acabou indo para o banco de reservas, e hoje a impressão que
se tem, reforçada pela chegada de Gonzalo Carneiro, é de que ele terá que disputar
posição no meio-campo, onde teve seus melhores momentos na carreira. O São
Paulo pagou R$ 10 milhões por ele.
Tréllez
11 jogos
2 gols
Atual titular do ataque
são-paulino, custou R$ 6 milhões, mas ainda não encantou. A capacidade de
colaboração defensiva, ao marcar pela lateral e dar conforto físico para Nene
aguentar mais tempo em campo, tem sido o combustível do atacante, super
dedicado, porém ainda sem brilho.
Gonzalo
Carneiro
Muito bem recomendado por
uruguaios após sua ascensão no Defensor Sporting, apesar de ter só 39 jogos
como profissional aos 22 anos de idade, é a nova aposta da diretoria são-paulina para
solucionar os problemas ofensivos do time. Sem jogar desde novembro por causa
de uma pubalgia, ainda deve demorar cerca de um mês, segundo o técnico Diego
Aguirre, para poder estrear.
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