terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Derrota no clássico acende sinal de alerta

A derrota para o Santos não apaga o que o São Paulo mostrou de positivo nos dois primeiros jogos do Campeonato Paulista, contra Mirassol e Novorizontino. Mas o tropeço no clássico acende o sinal de alerta do Tricolor Paulista às vésperas da estreia na Copa Libertadores da América.
Até o dia 6, data do jogo diante do argentino Talleres, o São Paulo tem dois jogos pelo estadual: o Guarani, na quinta-feira, e o São Bento, no domingo, ambos no Pacaembu.
O São Paulo dirigido pelo técnico André Jardine mostrou boas atuações contra adversários de pouca expressão. Mas parou no jogo diante do Santos e apresentou velhos problemas.
Veja abaixo alguns questionamentos sobre o que não deu certo, o que pode melhorar e o que continua sendo uma pedra na chuteira são-paulina.
Jucilei e Hudson

A dupla, titular na maior parte da temporada passada, não dá velocidade ao time e tem pouca chegada ao ataque, embora Hudson tenha feito um dos gols na goleada por 4 a 1 sobre o Mirassol. Com Liziero em campo, o setor tem uma dinâmica diferente.
Contra o Novorizontino, Liziero ficou com a vaga de Jucilei, e Hudson jogou mais recuado. É possível que Jardine faça de novo essa mudança para dar mais mobilidade ao time nas próximas rodadas.

Adversários mais fortes

André Jardine assumiu o São Paulo nas cinco rodadas finais do Campeonato Brasileiro do ano passado. E teve apenas uma vitória, contra o Cruzeiro. Nos demais jogos, empates com Grêmio e Sport e derrotas para Vasco e Chapecoense.
Neste ano, o Santos foi o primeiro time de elite enfrentado sob o seu comando. E o São Paulo foi dominado pelo adversário, algo admitido pelo treinador e observado como ponto a ser melhorado nos próximos jogos.

Ataque

Dois gols em cinco jogos em 2018. Sete gols em três partidas em 2019. O ataque tem funcionado melhor com Jardine em comparação aos jogos que ele comandou na temporada passada.
Mas a missão agora é fazer o ataque funcionar da mesma forma diante de adversários mais fortes. Até porque na Copa Libertadores a tendência é de jogos mais parecidos com o que teve com o Santos do que os que o Tricolor Paulista teve contra Mirassol e Novorizontino.

Fragilidade nos clássicos

A derrota para o Santos expôs novamente uma das principais fraquezas do São Paulo nos últimos dez anos: os clássicos. Em especial quando o time joga fora de casa.
Segundo levantamento de Alexandre Giebrecht, do site Jogos do São Paulo, desde 2008 o Tricolor Paulista tem tido um desempenho fraco como visitante em clássicos: sete vitórias, 14 empates e 38 derrotas.

Hernanes vai resolver?

Hernanes foi, ao lado de Pablo, a principal contratação do São Paulo para esta temporada. Mas o meia ainda não teve condições físicas para atuar. A tendência é que, quando estiver 100%, o Profeta seja titular. E a aposta é grande de que ele possa subir o time de patamar.
Até agora, Hernanes participou dos primeiros tempos das partidas contra o alemão Eintracht Frankfurt e o holandês Ajax, no Torneio da Flórida, além de ter atuado moderadamente no jogo-treino contra o São Caetano. Na última segunda-feira, ele ficou fora do jogo-treino contra o Nacional.
Sem jogar oficialmente desde 11 de novembro do ano passado, quando vestia a camisa do Hebei Fortune, da China, Hernanes faz um trabalho especial para acabar com o desequilíbrio muscular que atrasa sua estreia.

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