Em um dos momentos da apresentação de Daniel Alves, na última
terça-feira, parte dos quase 45 mil torcedores que estiveram no Morumbi
gritaram o nome de Raí. O diretor de futebol do São Paulo foi um dos principais
responsáveis pela contratação do capitão da Seleção Brasileira na Copa América deste ano.
Essa demonstração
de reconhecimento da torcida fez o diretor e ídolo são-paulino retomar parte de seu prestígio no clube. Antes, o ex-jogador sofria duras críticas da
torcida e pedidos de afastamento de conselheiros.
A pressão sobre
Raí era antiga, desde a eliminação precoce da equipe na Copa Libertadores. Em fevereiro, alguns conselheiros pediram a saída do diretor
de futebol em um documento entregue ao presidente. O mandatário, por sua vez, manteve Raí no cargo.
Volta por cima
Volta por cima
Em meio às negociações com
Daniel Alves, outro coisa foi importante para o resgate de Raí no São Paulo. No
início de julho, o presidente do Corinthians disse que Raí
estava se oferecendo para ocupar o lugar de Edu Gaspar na Seleção Brasileira. O
diretor são-paulino foi a público e fez um pronunciamento que fez a torcida se
sentir representada, assim como os dirigentes.
– Primeiro, é lamentável
ter de vir aqui falar sobre uma declaração do Andrés. Mas, em respeito à
torcida do São Paulo... Todo mundo sabe que não sou de largar desafios no meio.
Segundo, não troco o São Paulo por nada. Terceiro, se ele está falando de mim e
do São Paulo, está preocupado com a gente. E, para terminar, todo mundo sabe
que ele tem coisas mais graves para cuidar – afirmou Raí, na época. Logo após a
fala, a CBF divulgou uma nota desmentindo o presidente corintiano.
Durante a coletiva de
apresentação de Daniel Alves, Raí foi aplaudido por conselheiros após seu
discurso no Salão Nobre do estádio do Morumbi, falando até mais do que o
próprio presidente. O gesto mostrou mais um voto de confiança ao diretor que ainda precisa de títulos para se estabelecer de vez no clube.
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