São Paulo demite Rogério Ceni
Através de um
comunicado, o São Paulo divulgou, na tarde desta segunda-feira, a demissão de
Rogério Ceni. Um dos maiores ídolos da história do São Paulo, o ex-goleiro não
conseguiu brilhar na nova função de treinador e acabou sendo demitido após seis
meses de trabalho, com o time na zona do rebaixamento e há seis rodadas sem vencer
no Campeonato Brasileiro.
– O respeito e o reconhecimento pela grandeza de Rogerio Ceni, como figura histórica desta instituição, serão eternamente celebrados – disse o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
– O respeito e o reconhecimento pela grandeza de Rogerio Ceni, como figura histórica desta instituição, serão eternamente celebrados – disse o presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
No comunicado, o clube não
fala em "comum acordo". O texto apenas informa sobre Rogério Ceni
"deixar o comando técnico de sua equipe principal". A nota ressalta
que, "em sua passagem como treinador, Rogério Ceni demonstrou a dedicação
e o empenho que o caracterizaram como atleta. Desejamos boa sorte a este que
sempre será um dos maiores ídolos de nossa história".
A demissão de Rogério Ceni
acontece três dias após a saída de seu auxiliar, o inglês Michael Beale, que
alegou problemas de adaptação ao Brasil para justificiar seu pedido de
demissão. É sabido, porém, que tanto Michael Beale como Rogério Ceni estavam
profundamente decepcionados com as mudanças no elenco, com constantes saídas e chegadas
de jogadores.
Ao contrário dos
antecessores, há multa rescisória no contrato de Ceni, que valia até dezembro
de 2018. Em entrevista recente ao site GloboEsporte.com,
o presidente do clube confirmou que ela depende do desempenho do time. A meta
estipulada, sugerida pelo técnico, é a média dos aproveitamentos de Juan Carlos
Osorio (51%), Edgardo Bauza (46,5%) e Ricardo Gomes (42,5%). Rogério Ceni sai
com 49,5% de aproveitamento, sendo 37 jogos, 14 vitórias, 13 empates e 10 derrotas.
Sua última derrota no
comando técnico do Tricolor Paulista aconteceu ontem (2 a 0 para o Flamengo, no
Rio de Janeiro). Na entrevista após o encerramento da partida, Rogério Ceni
falou que era "hora de unir forças".
A última vez que o São
Paulo começou e terminou um ano com um mesmo técnico foi em 2008, com Muricy
Ramalho, quando conquistou seu sexto título brasileiro, o terceiro consecutivo
como técnico do time.
A diretoria são-paulina ainda
não fala em substituto. O ex-jogador Pintado, atualmente auxiliar (com cargo
fixo no clube, independentemente da comissão técnica), deve assumir como
interino.
Os principais
treinadores disponíveis no mercado são Dorival Júnior (ex-Santos), Marcelo
Oliveira (ex-Palmeiras, Atlético-MG e Cruzeiro) e Dunga (ex-Seleção). Depois de
duas experiências conturbadas com técnicos estrangeiros (se referindo ao
colombiano Juan Carlos Osorio e ao argentino Edgardo Bauza), é pouco provável
que o clube vá atrás de outro técnico que não seja brasileiro.
Maior ídolo da história
do clube, Rogério Ceni se aposentou no final de 2015, depois de ter conquistado
os maiores títulos da história do São Paulo: três brasileiros, três estaduais,
dois mundiais de clubes, duas Libertadores... A lista é grande. No total, foram
1237 jogos com a camisa do São Paulo, sendo 938 como capitão, e 131 gols. Ele é
o maior goleiro artilheiro da história do futebol.
Após passar o ano de
2016 estudando – período em que visitou grandes clubes europeus – Rogério foi
anunciado como treinador do São Paulo em dezembro. Sua estreia foi vitoriosa,
com a conquista do Torneio da Flórida. Os bons resultados em 2017 terminaram
ali.
Com Rogério como técnico, o São Paulo nunca estabeleceu um modelo padrão de jogo. Oscilou na maneira de jogar e nos resultados. No Campeonato Paulista, foi eliminado pelo Corinthians nas semifinais. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Cruzeiro. Na Copa Sul-Americana, para o modestíssimo Defensa y Justicia da Argentina.
Com Rogério como técnico, o São Paulo nunca estabeleceu um modelo padrão de jogo. Oscilou na maneira de jogar e nos resultados. No Campeonato Paulista, foi eliminado pelo Corinthians nas semifinais. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Cruzeiro. Na Copa Sul-Americana, para o modestíssimo Defensa y Justicia da Argentina.
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