Numa reunião realizada na noite de segunda-feira, o Conselho de
Administração do São Paulo decidiu criar mais uma comissão para analisar o
projeto que prevê a separação entre futebol e clube social.
O chefe dessa
nova comissão será o oposicionista José Eduardo Mesquita Pimenta – que foi o
candidato derrotado por Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, na última
eleição para presidente do clube.
O parecer de Leco
foi favorável. Mas o Conselho de Administração entende que o projeto precisa de
aprimoramentos antes de seguir para os Conselhos Consultivo e Deliberativo.
– Vou criar uma
comissão com o menor número possível de pessoas, para que o processo não demore
muito – disse Eduardo
Mesquita Pimenta.
O projeto que
recomenda ao São Paulo separar o futebol do clube social ainda precisa passar
por uma longa tramitação até sair do papel.
Entenda
melhor o processo que pode transformar o futebol do São Paulo em empresa:
Em curso, o processo de
separação do futebol do São Paulo das demais atividades do clube pode durar até
março de 2019. É que, além da recomendação da dupla nomeada para estudá-lo, ele
terá de ser aprovado por três conselhos diferentes e pela maioria de associados
numa assembleia.
O primeiro passo, dado na
semana passada pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, foi a nomeação
do conselheiro José Francisco Manssur e do sócio Rodrigo Rocha Monteiro de
Castro para elaborar um estudo sobre essa separação. Os dois, que são
voluntários e não têm qualquer remuneração pelo serviço, têm até maio de 2018
para entregar o material.
Uma das grandes questões do
processo é determinar com quem ficariam ativos como, por exemplo, o estádio do
Morumbi e os centros de treinamento de Cotia e da Barra Funda, uma vez que eles
estão diretamente ligados ao futebol.
O novo estatuto, que também
será adaptado caso a separação seja aprovada, exige que qualquer sociedade
empresária constituída para gerir o futebol tenha o próprio São Paulo sempre
como sócio majoritário, com maioria de votos e poder de eleger a maioria dos
administradores.
Avaliar a possibilidade de
separar o futebol das outras áreas do São Paulo é uma determinação do novo documento
que rege o clube, aprovado no fim do ano passado.
Se todos os prazos forem
esticados aos seus limites, o início prático da separação do futebol do São
Paulo do restante do clube se daria em março de 2019.
Nas próximas semanas, o
Conselho de Administração, órgão que auxilia na gestão do clube, terá de nomear
um Comitê Especial, composto por três pessoas que não façam parte da diretoria,
para acompanhar os estudos de Manssur e Castro e elaborar relatórios mensais
sobre eles.
Os autores dos estudos têm
experiência na área. Agora, eles colocarão em prática todo o material teórico
na prática ao avaliar se a separação será benéfica ou não ao São Paulo.
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