Análise: 25
anos depois, Raí revive a missão de levar o time do São Paulo para o mundo
No último dia 13 de dezembro de 1992, Raí
conquistou o mundo para o São Paulo. De camisa branca com as listras vermelha e
preta, calção branco e chuteiras pretas, clássicas, o craque colocou a bola
duas vezes na rede do poderoso Barcelona e levou o clube ao andar mais alto do
futebol.
Passados 25 anos, Raí precisa, de novo,
tirar o São Paulo do lugar onde está e colocá-lo em outro patamar. As missões
são incomparáveis, mas devolver ao clube o respeito, o pioneirismo e a
credibilidade poderá ser tão difícil quanto derrotar o que, no início dos anos
90, chamavam de “Dream Team”.
Com certeza, Raí foi uma escolha certíssima
do presidente Leco, mas não pode ser comparado a um móvel novo numa sala de
decoração empoeirada. Não pode ser apenas o apelo à figura, que certamente
passa a melhor das imagens. É preciso que o São Paulo esteja interessado em
suas ideias, em percorrer o caminho que o executivo pode abrir, em mudar e
construir, de fato, sua identidade.
Em 92, Raí era protagonista de uma
engrenagem que chegava perto da perfeição. Telê Santana, o técnico, tinha a
sensibilidade de escalar suas peças de maneira a potencializar o jogo dos
craques, e a presença de companheiros como Muller, Cafu, Cerezo, Zetti e
companhia era essencial para que o capitão pudesse deitar e rolar, como fez em
Tóquio.
Em 2018, o novo diretor do São Paulo, ao
contrário da maioria dos que passaram recentemente pelo cargo, não tem qualquer
característica de vaidade. Boa sorte Raí! Sucesso nessa sua nova etapa.
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