sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Análise: 25 anos depois, Raí revive a missão de levar o time do São Paulo para o mundo

No último dia 13 de dezembro de 1992, Raí conquistou o mundo para o São Paulo. De camisa branca com as listras vermelha e preta, calção branco e chuteiras pretas, clássicas, o craque colocou a bola duas vezes na rede do poderoso Barcelona e levou o clube ao andar mais alto do futebol.
Passados 25 anos, Raí precisa, de novo, tirar o São Paulo do lugar onde está e colocá-lo em outro patamar. As missões são incomparáveis, mas devolver ao clube o respeito, o pioneirismo e a credibilidade poderá ser tão difícil quanto derrotar o que, no início dos anos 90, chamavam de “Dream Team”.
Com certeza, Raí foi uma escolha certíssima do presidente Leco, mas não pode ser comparado a um móvel novo numa sala de decoração empoeirada. Não pode ser apenas o apelo à figura, que certamente passa a melhor das imagens. É preciso que o São Paulo esteja interessado em suas ideias, em percorrer o caminho que o executivo pode abrir, em mudar e construir, de fato, sua identidade.
Em 92, Raí era protagonista de uma engrenagem que chegava perto da perfeição. Telê Santana, o técnico, tinha a sensibilidade de escalar suas peças de maneira a potencializar o jogo dos craques, e a presença de companheiros como Muller, Cafu, Cerezo, Zetti e companhia era essencial para que o capitão pudesse deitar e rolar, como fez em Tóquio.
Em 2018, o novo diretor do São Paulo, ao contrário da maioria dos que passaram recentemente pelo cargo, não tem qualquer característica de vaidade. Boa sorte Raí! Sucesso nessa sua nova etapa.

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