terça-feira, 11 de junho de 2013

Renovada, Seleção Brasileira mantém só três da Copa de 2010; Espanha tem 18
Grupo comandado por Luiz Felipe Scolari é o mais diferente na Copa das Confederações em relação ao Mundial, bem atrás dos outros favoritos

Julio César, Daniel Alves e Thiago Silva. Isso é tudo que o Brasil carrega da Copa do Mundo de 2010 para a Copa das Confederações, três anos depois. Sobreviventes de uma renovação completa, que passou por dois técnicos, dezenas de convocados, e que resulta em uma condição bem distinta dos demais favoritos ao título do torneio. A seleção brasileira é, de longe, a que manteve menos jogadores. Só esses três, um abismo de diferença para a Espanha, que preservou 18 dos 23 campeões mundiais, e o Uruguai, com 17 caras repetidas.
A "geração Neymar" é composta por atletas que mal haviam surgido para o futebol em 2010. O santista chegou a ser cogitado naquela Copa do Mundo, mas outros eram ilustres desconhecidos. Casos de Lucas, que ainda era chamado de Marcelinho no São Paulo, dos atuais campeões europeus, Dante e Luiz Gustavo, e do volante Fernando.
Muitos estrearam na Seleção com Mano Menezes. O treinador assumiu logo após a derrota para a Holanda no Mundial, que culminou na saída de Dunga. Além de Julio César, Daniel Alves e Thiago Silva, o único jogador brasileiro que estará na Copa das Confederações, e já disputou uma Copa do Mundo, é o atacante Fred, convocado em 2006 por Carlos Alberto Parreira.
O fato constata a queda de jogadores considerados fundamentais naquele momento, casos de Maicon, Lúcio, Kaká, Robinho e Luis Fabiano. E Felipão não se incomoda com a safra totalmente nova. Ao contrário. Abre as portas da Seleção para que novatos possam entrar.
Cenário bem diferente da Espanha. Campeã na África do Sul, em 2010, ela levará ao Brasil praticamente o mesmo time. Entre os titulares que fizeram história há quatro anos, o zagueiro Puyol e o lateral-esquerdo Capdevila não fazem mais parte do grupo. Além deles, caíram Marchena, Llorente e Xabi Alonso, esse último apenas por lesão. Em seus lugares, são novidades Jordi Alba, Azpilicueta, Monreal, Cazorla e Soldado.
A estrutura do meio-campo, considerado setor mais poderoso dos líderes do ranking da Fifa, está mantida com os quatro do Barcelona: Busquets, Xavi, Iniesta e Fábregas, que tem atuado como atacante.
O Uruguai, que surpreendeu o mundo ao ser quarto colocado na África, também tem praticamente o mesmo plantel: 17 de 23 foram mantidos. Entre as ausências, destacam-se as de Loco Abreu e do lateral Fucile, que defendeu o Santos e é o único titular de 2010 a ter perdido lugar na Celeste.
Porém, ao contrário da Espanha, campeã da Eurocopa no ano passado, o Uruguai não faz boa campanha nas eliminatórias e corre sério risco de não ir à Copa do Mundo de 2014. Muitos criticam o envelhecimento da equipe, cujo maior trunfo é o mesmo de anos atrás: o trio ofensivo formado por Forlán, Suárez e Cavani.
Mesmo após o retumbante fracasso no Mundial, quando foi eliminada na primeira fase, a Itália manteve dez jogadores em três anos. Número que indica uma reformulação, só que mais contida que a do Brasil. Astros como Buffon, De Rossi e Pirlo seguem na Azzurra, que ganha o reforço de Balotelli, principal novidade.
Também são dez os remanescentes do México, que aposta na maturidade de Giovani dos Santos e nos gols de Chicharito Hernández, dupla que entrou em campo na África do Sul. Já o Japão, primeiro adversário brasileiro na Copa das Confederações, dia 15, em Brasília, tem nove atletas que foram convocados há três anos.

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