quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

SPFC 2018: Uma análise técnica do que pode ser a temporada do time

Há aproximadamente um ano atrás, o clima no São Paulo era de total otimismo com a chegada do mito Rogério Ceni como treinador. A expectativa, que não deu certo, era de que Rogério Ceni repetisse no comando técnico o mesmo sucesso que teve como goleiro. Neste início de temporada, com Dorival Junior como técnico, o otimismo também está presente, pois apesar do sofrimento ano passado, o time mostrou evolução no segundo turno do Campeonato Brasileiro de 2017 e conseguiu a permanência na primeira divisão do futebol brasileiro.
Depois da campanha horrorosa que Rogério Ceni teve como técnico do time, Dorival Junior chegou e montou um time de forma conservadora, dando-lhe o mínimo de organização. As oscilações de desempenho continuaram, mas conseguiu sequências de resultados positivos que possibilitou a fuga do clube contra o rebaixamento.
Devido ao equilíbrio extremo que o Campeonato Brasileiro de 2017 apresentou, houve um período em que o torcedor são-paulino até sonhou com uma vaga para a pré-Libertadores. Mesmo não conseguindo a vaga e considerando o ano complicado que foi para o time, o fracasso não foi total.
Dorival Junior tem capacidade para reerguer o Tricolor Paulista, mas, com as perdas no elenco que ocorreram no início deste ano, seu trabalho poderá ter dificuldade, pois os jogadores que saíram foram importantes para a evolução apresentada pelo time.
Hernanes teve seu empréstimo interrompido por causa de uma cláusula que foi revogada e acabou retornando para o Hebei Fortune, clube que ele defende atualmente na China, após ter ajudado o São Paulo a ter um melhor desempenho no semestre passado. Hernanes, no esquema montado por Dorival, conseguia distribuir bem as jogadas, pois tinha boa visão de jogo. O meio campo com Hernanes, Petros e Jucilei apresentava maior velocidade e versatilidade, formando um meio campo de respeito.
O atacante argentino Lucas Pratto retornou para seu país de origem, para jogar no River Plate. As justificativas dadas por ele foram de ficar mais próximo da família e ter maior visibilidade visando uma possível convocação na seleção da Argentina para a Copa do Mundo. Pratto é bom finalizador e tem a raça que é característica de alguns jogadores sul-americanos. Apesar de não ter feito muitos gols na temporada passada, funcionava como pivô, segurando a bola até que o restante do time chegasse ao ataque.
Sem Hernanes e Lucas Pratto, o São Paulo perde muito taticamente e ainda há sondagens ao meio campista Cueva por clubes do exterior. A contratação de Diego Souza, que estava no Sport, tentará efetivar a transição do meio campo ao ataque, pois ele tem potencial para atuar tanto como meia, organizando o time ou como atacante de referência. 
Dorival já declarou que irá aproveitar atletas das categorias de base do clube. Jonas Toró desponta como um dos destaques da base do São Paulo na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano e poderá ser aproveitado pelo técnico são-paulino.
Com poucas contratações, o São Paulo pretende ir aos poucos arrumando o time no decorrer da temporada.
Neste momento, o São Paulo preferiu arrumar o setor administrativo do clube e contratou dois nomes importantes para comandar sua diretoria de futebol. Com os ex-jogadores Raí e Ricardo Rocha, o clube espera ter um ano muito melhor, com uma gestão mais responsável e voltada para que o time tenha grandes resultados dentro de campo.
Como o São Paulo sofreu um bocado, na última temporada, com interferências políticas, a ideia é que o Departamento de Futebol participe ativamente dando sugestões e ajudando a corrigir o que estiver errado, caso o trabalho saia de organização.
Esperamos que o São Paulo, em 2018, consiga o equilíbrio necessário tanto no esquema tático como no aspecto de gestão para ter uma boa temporada.

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