segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Dorival terá de achar um novo capitão para 2018

A faixa de capitão do São Paulo começou 2017 no braço de Maicon. Aos poucos, Lucas Pratto a conquistou, mas cedeu a Hernanes quando o Profeta chegou, em julho, por sua história e identificação com o clube. Mesmo critério que fez Lugano ostentar a braçadeira quase sempre que foi titular.
Dos quatro, três já deixaram o São Paulo para 2018. Falta só Lucas Pratto, que tem muita vontade de voltar para Argentina para jogar no River Plate, e aguarda o desfecho de uma transferência que deve acontecer nos próximos dias. Dorival Júnior tanto sabe que o colocou no terceiro time no treino da última sexta-feira.
Para essa temporada, o técnico terá que encontrar um novo capitão. E mais do que o símbolo da faixa, descobrir novas lideranças num elenco em transformações constantes.
Um dos fatores considerados primordiais para que o São Paulo escapasse do rebaixamento no último Campeonato Brasileiro, além da volta de Hernanes, foi a formação de elenco que terminou o ano. Na avaliação de quem trabalha no CT da Barra Funda, eram jogadores compromissados, unidos e comandados por lideranças de características diferentes.
Hernanes, Pratto e Lugano eram alguns dos mais importantes nesse grupo de referências. Ao lado deles, Sidão, Rodrigo Caio e Petros, candidatos a herdar a faixa.
Na penúltima rodada do último Campeonato Brasileiro, o São Paulo venceu o Coritiba por 2 a 1, na capital paranaense, sem muitos de seus líderes. Hernanes e Pratto estavam machucados, Lugano no banco e Petros suspenso. Dorival deu a braçadeira a Cueva, que está longe de ser exemplo de comportamento.
Àquela altura, ele já havia sido multado por não se reapresentar depois da classificação do Peru para a Copa do Mundo. Sua escolha para ser capitão foi um estímulo do técnico. Mas agora, no início de 2018, o meia também não se apresentou, em razão de campanhas publicitárias no seu país. Na última sexta-feira, Raí disse que o São Paulo não foi avisado com a antecedência ideal.
Hernanes, Pratto e Lugano eram considerados importantes, dentro ou fora de campo, para inibirem esse tipo de comportamento. Eram exemplos. Não estão mais no clube, que terá de remontar um grupo que a psicóloga Anahy Couto considerou o melhor que já trabalhou com ela no CT.

Nenhum comentário:

Postar um comentário